Ontem um sonho! Hoje realidade. Tudo começou com uma promessa do Sr. José Matos Correia, morador da então Vila Mariana, atual Vila Progresso. No ano de 1946, o Sr. José Matos foi acometido por uma grande enfermidade. Como era muito católico e devoto de São José, prometeu que se conseguisse suportar aquela situação dignamente, doaria parte do sítio onde residia com a sua família para a construção de uma capela em honra ao Santo de sua devoção. Infelizmente, ele veio a falecer em 1947, sem portanto, realizar o que havia prometido.
Porém, como o assunto era do conhecimento da família, o filho Manoel Matos Correia, mais conhecido como “Seu Manequinho”, colocou o plano do pai em ação, juntamente com a sua esposa, Dona Firmina Pardocci de Matos Correia fizeram a doação do terreno, onde hoje temos a Igreja Matriz de São José Operário. Além do terreno, a família Matos Correia, também fez a doação de materiais para dar início à construção e contou com a efetiva participação dos senhores Anastácio, Chiquitano, Pedro, Oliveo, Alfredo, Luiz Ribeiro, João Arruda, Cláudio, Paulo Padeiro, Ernesto Martins, João Pedreiro, Alcindo, Nestor eletricista, entre tantos outros que apesar de não terem o nome citado, com certeza teve a sua colaboração grafada no Coração de São José
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A Capela ficou pronta, surgiu então a dificuldade para nomear o Padroeiro, tendo em vista que já havia outra igreja em Sorocaba com o nome de São José. Por ser uma Vila tipicamente operária, deu-se então o nome de São José Operário, pois na Vila Progresso moravam muitos migrantes nordestinos que vieram para trabalhar na Fábrica de tecidos Cianê.
Em 1950, a comunidade passa a fazer parte da Paróquia Santa Rita de Cássia, na Vila Santana. Frei Amadeu rezou a 1ª Missa na Capela São José Operário, realizando assim o sonho da família Correia, e de todas as famílias que trabalhavam para isso acontecer.
Liderados pelo “Seu Manequinho”, formaram uma comissão para trabalhar em prol da construção da igreja. E assim começaram as quermesses, em frente a Capela com barracas de doces, salgados, roleta, coelhinhos e os famosos leilões com os leiloeiros Alfredão e Seu Ernesto. A atração mais marcante era o serviço de alto-falante que tinha como locutores Olívio Arruda e Nelsinho o “Woks”. As crianças Santo, Ney, Juraci, Zinha, Didi, Terezinha e tantas outras, vendiam os números dos leilões, da barraca do coelho, da roleta e o correio elegante que fazia grande sucesso entre os participantes, especialmente, entre os jovens. Uma das atividades que era muito concorrida era o desafio de cururu, muito apreciada na época, além do bolo de São José com a fachada da Igreja, cuja renda era para construir a torre da mesma.
Em 1954, sob o comando do Frei Crescêncio, a comunidade recebeu os missionários Pe. José Freitas e Pe.Gomes. A presença deles, impulsionou mais ainda a vontade de continuar a luta e como marco dessa missão, foi colocada uma grande Cruz no pátio da capela.
Em 1956, foi lançada a Pedra Fundamental pelo Frei Sigismundo, estava ai mais uma etapa vencida contando sempre com a ajuda dos senhores João Maia, Carlito Perrela, José, Cosmo Chiquitano, Valter Bistão e muitos outros.
Passaram-se quatro anos e em 1960, Frei Luciano assume a coordenação dos trabalhos dando início a fase de acabamento e a construção do Salão Comunitário para receber as atividades sociais e religiosas. Sua permanência à frente das atividades foi até março de 1966.
Em 19 de março de 1966, a capela passa a ser Paróquia
Dom José Melhado Campos, Bispo da Diocese de Sorocaba, nomeia o Pe. Aldo Vannuchi para presidi-la, prestando relevantes serviços para o crescimento da paróquia, tanto estrutural como espiritual. Em 23 de março, o Pe. Vannuchi convoca a comunidade para discutir o que deveria ser feito e uma das primeiras iniciativas foi a criação da Pastoral do Dízimo e em abril do mesmo ano, já contavam com 41 dizimistas. Os trabalhos não paravam, deu-se início a Escola de Alfabetização para jovens e adultos, fez-se a reforma do Presbitério, colocando o Sacrário embutido no mesmo e o Nicho de São José atrás do altar. Em novembro, mais um sonho se realizava, a compra da Casa Paroquial, esquina da Rua José Matos Correia com a Rua Pedro Álvares Cabral, com fundos para a Matriz.
Uma das atividades muito especial e significativa para a comunidade, foi a Feira da Providência, liderada pelos incansáveis irmãos Ernesto Martins, José Chiquitano, Alfredo e Cláudio entre outros, que consistia em recolher objetos que estavam sobrando nas casas e recuperar aqueles que apresentavam defeitos e vendiam a preços simbólicos com fins lucrativos para manter as obras sociais. Em julho de 1968, o Pe. Aldo Vannuchi despede-se dos paroquianos e vai continuar os seus estudos em Roma.
De agosto a novembro de 1968, a Paróquia ficou sob os cuidados dos padres camilianos, Pedro, Ivo e Francisco que com muita dedicação, diálogo e perseverança, deram continuidade às atividades que estavam sendo desenvolvidas.
Pe. Mário Donato Sampaio toma posse como vigário
Em dezembro de 1968, O Pe. Mario assume como vigário e permaneceu até dezembro de 1975. Coube a ele, a formação mais intensa das pastorais da Família, da Catequese, além de coordenar a pintura da igreja, a reforma e a mobília da Casa Paroquial.
Em dezembro de 1975, vem para assumir a direção espiritual e administrativa o Pe. Inácio Kuinger.
Nesse período, deu-se início a construção do Salão da Comunidade Nossa Senhora do Carmo, na rua Elias Ayres do Amaral, sendo o terreno cedido pelo Sr. Luiz Cardia, salão este feito em mutirão, inclusive com a presença do padre colocando a “mão na massa”, literalmente.
Padre Inácio também cuidou da reforma do telhado da Igreja Matriz São José Operário, terminou a reforma das duas casas da Paróquia, fez uma campanha para aumentar o número de dizimistas.
No dia 17 de setembro de 1979 chega à Paróquia Pe. Benedito de Jesus Halter
Pe. Benedito de Jesus, assume simultaneamente a direção das Paróquias São José Operário e Santa Rosália. Encontrou muito trabalho e mostrou-se muito dedicado e empenhado, especialmente na formação de base.
Em dezembro de 1979, a igreja recebe uma nova pintura no Presbitério, uma maravilhosa obra de arte feita pelo artista Edson José Madureira. Também nesse mesmo mês foram trocados os alto-falantes e a reforma da fachada da Igreja. Em agosto de 1980, o Pe. Instituiu o Casamento Comunitário, ação de cidadania que atualmente é realizada pela Prefeitura de Sorocaba, por meio do FSS (Fundo Social de Solidariedade), além do acompanhamento dos grupos de setores, formando a Escola da Fé.
Em 1981, a Comunidade Nossa Senhora Medianeira passa a pertencer a Paróquia São José Operário, antes pertencia à paróquia de Santa Rita. A comunidade ganha um terreno à R. Araraquara, no bairro Iguatemi.
Em abril de 1982, foi inaugurado o novo Salão Comunitário de Nossa Senhora do Carmo, na rua João Gabriel Mendes cujo terreno foi doado em novembro de 1980, pelo Sr. Manoel Gomes e o seu filho Joaquim Monteiro Gomes.
Os trabalhos continuavam sem trégua, em agosto de 1982, a Paróquia ganha também um terreno no Retiro São João, onde em junho de 1984, foi inaugurada a Comunidade São João Batista, além disso, no mesmo bairro, no sistema de mutirões, o Pe. Benedito construiu pequenas casas de madeira para as pessoas que não tinham onde morar. Com o tempo, estas casas foram refeitas em alvenaria pelos moradores com materiais doados pela Prefeitura.
Pe. Benedito Mariano
Em janeiro de 1986, o Pe. Benedito Mariano assume a direção, ficando conosco, apenas três meses, pois fora vitimado por um infarto, tendo sido celebrada a missa de corpo presente na Paróquia pelo Bispo Dom José Lambert, no dia 19 de março, dia da festa do nosso Padroeiro. Para substitui-lo recebemos o Pe. Faustino, da Congregação De Sion, ele esteve no comando da Paróquia de 18 de março a 12 de abril de 1986.
Em 12 de abril de 1986 toma posse Pe. João Alfredo Pires de Campos
Pe. João Alfredo passa a coordenar as Paróquias São José Operário e Santa Rosália. Em agosto, ele começa a organizar o projeto para o Centro Catequético da Paróquia São José Operário. As atividades não paravam, em outubro de 1987, mais uma grande alegria foi proporcionada a duas famílias que receberam as chaves de suas novas casas, mais um trabalho social da nossa comunidade.
Em julho do mesmo ano, foi inaugurado o novo sistema de iluminação da Matriz São José Operário e em novembro de 1988, foi constituído uma equipe Pró Retiro com a finalidade de dar assistência aos moradores do bairro Retiro São João.
Pe. Claudio Honório de Godoy assume a Paróquia
Em janeiro de 1989, o Pe. Claudio Honório de Godoy assume a Paróquia, mas por problemas particulares, ficou somente até agosto.
Pe. João Alfredo retoma a direção da Paróquia
No dia 14 de agosto de 1989, o Pe. João Alfredo retoma a direção da Paróquia permanecendo até janeiro de 1991. Com muito entusiasmo e disposição toma providências para a construção do Centro Catequético que estava em projeto. Em junho de 1990 foi celebrada a 1ª missa no Salão Comunitário Divino Espírito Santo, no Jardim Saira.
Final de 1990, foi notado um crescimento acelerado em alguns bairros, a Comunidade Nossa Senhora Medianeira já não comportava comodamente no salão as pessoas, então sentiu-se a necessidade de fundar outra comunidade, começava a nascer a Comunidade de São Judas Tadeu.
Pe. José Martins da Rocha
Em janeiro de 1991, assume como Vigário das duas paróquias, o Pe. José Martins da Rocha dando sequência aos trabalhos e início às atividades para a comemoração do Jubileu de Prata da Paróquia São José Operário. Em agosto de 1992, foi entregue o Centro Catequético e a nova pintura da Matriz. Em 1993, houve o desmembramento das duas paróquias, ficando a comunidade Divino Espírito Santo com a Paróquia Santa Rosália.
Nossa Paróquia recebe o Padre Wilson Roberto da Silva
Dia 25 de janeiro de 1995, a nossa Paróquia recebe o Padre Wilson Roberto para assumir a sua direção. Em agosto, a secretaria e a sala de atendimento do Padre passam a ser no Centro Catequético. Para conseguir dinheiro para as despesas e atividades sociais, participamos das Festas Juninas da Cidade de Sorocaba, ganhando inclusive um prêmio pela melhor barraca da festa, em 1996.
A pedido de Dom José Lambert, Padre Wilson passa a administrar também a Paróquia Santa Rosália.
Em dezembro de 1996 finaliza-se a reforma do presbitério com a pintura de Jesus ressuscitado pintado pelos artistas Nivalmir e Rosinéia, bem como o Altar e as imagens de Nossa Senhora das Graças e de São José Operário, nas laterais.
Em maio de 1999, foi celebrada a primeira missa na Comunidade São Judas Tadeu e em março de 2000, foi inaugurada a nova Igreja Nossa Senhora Medianeira, no Jardim Iguatemi, visto que o antigo salão comunitário já não comportava tantos fiéis. No ano de 2001 a Paróquia de São José Operário entrega a chave de mais uma casa para uma família no Parque Vitória Regia.
No ano 2001 a Comunidade Divino Espírito Santo volta a pertencer à Paróquia São José Operário, inclusive foi comprado o terreno para a construção da Igreja.
Em 2002, mais uma conquista dos paroquianos; a revitalização da parte externa da Matriz, a inauguração do prédio da cozinha, e no andar superior, um belíssimo e amplo salão.
Para auxiliar aos desempregados, em 2004, teve início a Cooperativa de Reciclagem, com a sede no Jardim Iguatemi, trabalho que ajudou a muitas famílias e que passou a ser administrada pela Prefeitura em 2007. Na época já contava com 20 cooperados e ainda hoje existe esse projeto de grande relevância para a população e para o Meio Ambiente. Em 2005, foi lançada a Pedra Fundamental da Igreja do Divino Espirito Santo na Comunidade do Divino, no Jardim Saira.
Em outubro de 2005, foi fundada a Comunidade Santa Filomena, salão cedido pelo casal José Moreira e Rita de Cássia, e em 2007, foi feito a compra do terreno para a Construção do atual Santuário.
Em 15 de julho de 2007 foi inaugurada a atual Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Em agosto de 2008, foi rezada a 1ª missa na Comunidade São Tiago, como ainda não tinha um espaço próprio, as missas eram celebradas nas casas dos paroquianos.
Em 2008, a Paróquia passa por nova reforma, foi retirada a pintura do presbitério e colocada uma grande Cruz de madeira com uma linda imagem de Cristo esculpido em madeira e suspensa sobre o Altar. Padre Wilson permaneceu nesta Paróquia até março de 2009.
Em março de 2009, toma posse Padre Wagner Lopes Ruivo.
Novos desafios para o novo pároco, pois toda mudança requer adaptações e com o Pe. Wagner não foi diferente. Em 19 de março de 2009, ele celebra a 1ª missa na Matriz, oportunidade em que foi apresentado oficialmente à Comunidade.
Em dezembro de 2009, Padre Wagner celebra missa no Salão de Santa Filomena e depois saem em procissão para o terreno da construção do Santuário, onde foi abençoada e lançada a Pedra Fundamental.
Em abril de 2010, foi comprado o segundo terreno, para o Santuário de Santa Filomena, dando início a construção, no dia 10 de agosto de 2011.
Padre Wagner, da continuidade aos trabalhos na Comunidade. Providencia a troca dos vitrais que agora retratam a vida de São José, deixando a igreja ainda mais bonita e iluminada, troca o forro e as luminárias. Reforma a Capela do Santíssimo, colocando um novo Sacrário, com uma Cruz iluminada atrás, com as imagens de dois anjos como guardiãs. No fundo da Capela foi construída uma gruta com a imagem de Nossa Senhora das Graças. Em 2012, a Secretaria e a sala de atendimento do Padre, passam por mais uma reforma e em dezembro, foi construído um mezanino na antiga casa paroquial, com o objetivo de acomodar a equipe de música.
E maio de 2012, a Comunidade de Nossa Senhora Medianeira passa a ser Paróquia, dividindo o território paroquial da seguinte forma, as comunidades de Santa Filomena e Nossa Senhora do Carmo ficam pertencendo a Paróquia São José Operário e com a Paróquia de Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças, ficam as comunidades Divino Espirito Santo, Comunidade São João Batista, Comunidade de São Tiago e Comunidade São Judas Tadeu. Em janeiro de 2013, foi feito a devolução do salão onde acontecia as missas de Santa Filomena, passando para o Salão Comunitário do Santuário.
O carisma do Padre Wagner em suas missas, proporcionou a Paróquia São José Operário tornar-se conhecida em muitos países através dos meios de comunicação e redes sociais, além das missas por Cura e Libertação, que atraem uma grande multidão, tanto na Paróquia, na 1ª segunda-feira de cada mês, bem como no Santuário Santa Filomena, todo dia 10 de cada mês. Já as missas do dia 1º de maio, em comemoração ao Dia do Trabalhador e em homenagem o nosso padroeiro, e as do no mês de dezembro, para consagrar o ano novo que se aproxima, tornaram-se parte do calendário da Paróquia. Celebradas no Parque das Águas, no Jardim Abaeté, a cada ano, atraem maior o número de fiéis, até mesmo de outras religiões, vindos inclusive de outros países, estados e cidades.
Para comemorar o Jubileu de Ouro da Paróquia missas foram celebradas todo dia 19 de cada mês com a benção das carteiras de trabalho e de currículos, viabilizando a expansão do Anúncio do Evangelho, contribuindo para a aceitação, valorização, retomada da participação e vivência dos paroquianos e dos inúmeros visitantes.
Fonte: Livro Tombo da Paróquia São José Operário, Redação Textual: Vanda Bassetto Damini, José Paes, Mariana Matos Correa, Sidney Martins e Profª Maria Zuleide Madeiro.